Ela cresceu solitária, insegura e sem contato com muitas crianças. Órfã de mãe e de pouco contato com o pai, amadureceu num mundo de sonhos. Com idade suficiente para sair de casa, mudou-se para o bairro parisiense de Montmartre e começou a trabalhar como garçonete. É nesse contexto que se inicia a fabulosa história da mulher que, como estampado na chamada do filme (Le Fabuleux Destin d’Amélie Poulain, Jean-Pierre Jeunet, França, 2001), vai mudar a sua vida.
Uma vez dentro do mundo de Amélie (Audrey Tautou), muito difícil vai ser esquecer as lições que a doce e tímida moça passa durante os 120 minutos em que um caloroso contraste entre o verde e o vermelho, de uma fotografia maravilhosa, gruda em sua mente. Sensível e encantadora, Amélie descobre com um simples gesto que coisas simples podem mudar a vida de muita gente.
Por acaso, enquanto assistia ao noticiário que divulgava a morte da princesa Diana, ela descobre um pequeno tesouro escondido no banheiro de seu apartamento. Amélie procura incessantemente o dono do objeto até conseguir encontrá-lo. E é quando devolve os objetos ao homem, que reconhece a felicidade remanescente de uma coisa simples. A partir desse momento, ela resolve interferir na vida de quem quisesse, sempre buscando ajudar das maneiras mais inusitadas, solucionando pequenos e grandes problemas.
A moça não vê obstáculos em nada. Não há questão incômoda que não tente solucionar. Se depender de Amélie, ninguém sofre, ninguém é infeliz. Mas o que nenhuma pessoa sabe é que ela mesma está sozinha, refugiada no seu mundo de sonhos e nem tão feliz como quer que os outros sejam.
É difícil destacar momentos que traduzam a representação de Amélie, mas talvez o mais marcante de todo o filme sejam os diálogos da garota com o “homem de vidro’, senhor que vive próximo à sua casa. Ele é quem parece ter mais certeza sobre quem é e como se sente a garota que está mais preocupada em ajudar a vida dos outros do que em se dar conta da sua.
Talvez só com esse texto seja impossível descrever todas as características e a representação de Amélie na tela. Para viajar e refletir sobre a sua história, só mesmo assistindo ao filme. Vale a pena conferir! * Link para download da trilha sonora do filme
Dupla, não entendi como este comentário sobre o filme dialogo com o recorte proposto no projeto (a figura feminina no cinema). Uma entrevista com uma fonte especializada, por exemplo, certamente ajudaria neste encaixe.
ResponderExcluir