quinta-feira, 24 de novembro de 2011

"I just met a wonderful new man. He's fictional, but you can't have everything."

O filme do post de hoje representa todo o encanto que o cinema pode oferecer a uma mulher. Woody Allen conseguiu em uma obra maravilhosa representar isso muito bem e, além disso, trouxe uma grande reflexão sobre como a mídia pode influenciar o comportamento de uma pessoa.principalmente numa época em que as mulheres eram as maiores freqüentadoras dos cinemas.
A Rosa Púrpura do Cairo (The Purple Rose of Cairo, EUA, 1985) conta a história de Cecília (Mia Farrow), com abordagem na sociedade do século XIX, época em que as mulheres eram as principais frequentadoras das salas de cinema. Cecília é pobre, casada com Monk (Danny Aiello), um homem grosso e preguiçoso, e bancava a casa com o dinheiro que ganhava como garçonete. A única válvula de escape suas idas ao cinema. Era Linkdentro da sala de projeção que Cecília se emocionava e sonhava, sempre assistindo grandes romances da época. Quando não estava no cinema, ela estava sendo humilhada no trabalho ou apanhado do marido desempregado.
E se o cinema já era o refúgio de Cecília em dias comuns, se tornou algo muito mais grandioso quando o galã Tom Baxter (Jeff Daniels), do filme homônimo à obra de qual falamos, sai das telas para viver um romance com a moça. A partir deste momento, a personagem ganha força não só para viver o amor que nunca encontrou no marido, como também para fugir do triste relacionamento que vivia com o homem.
Ela se apaixona pelo personagem do filme e busca de todas as formas encontrar um meio de fugir do marido para ficar com ele, mas, ao mesmo tempo, o ator que interpretou o galã corre atrás de uma forma de devolvê-lo às telas antes que algum escândalo surja com o seu nome.
É no meio de tanta desordem que percebemos o quanto Cecília é frágil, sonhadora e meiga, um papel que Mia Farrow compõe com magnitude. Mas, logo em seguida, conhecemos uma mulher que se revolta contra toda a humilhação que sofria. Uma personagem com força para lutar contra o machismo e contra a submissão a que estava dominada, além de começar a perceber que possuía direitos muito além do que vinha se contentando.
Não muito atrás dessa reflexão, é inegável que A Rosa Púrpura do Cairo é, além de tudo, um brinde aos que respiram e são apaixonados pela mágica da sétima arte.

domingo, 20 de novembro de 2011

"The Bennet sisters were looking for husbands... but Lizzie Bennet wanted more."



Dentre as diversas adaptações para cinema e TV do consagrado romance Orgulho e Preconceito, de Jane Austen, lançado em 1813, a última delas, do diretor Joe Wright, é a mais bem realizada. Acima de tudo, o longa Orgulho e Preconceito ( Pride and Prejudice, Joe Wright, França/Reino Unido, 2005) é uma ótima e sensível transposição do livro às telas, mas, no que diz respeito à temática deste blog, é um prato cheio em termos de representação feminina.